- Atualizado em
- Por Diandra Mansano
- Acesso seguro, Proteção de dados
Em 2024, a cibersegurança enfrentou novas ciberameaças, incluindo ransomware e phishing. Confira a retrospectiva dos ataques cibernéticos e recomendações essenciais.
Retrospectiva 2024: Descubra as principais ameaças cibernéticas do ano, como ransomware e ataques à cadeia de suprimentos, e confira recomendações essenciais para proteger sua organização no cenário digital atual
1. Introdução
1.1. Contextualização da cibersegurança em 2024
Em 2024, o cenário da cibersegurança está mais complexo do que nunca, marcado por ameaças cada vez mais sofisticadas e persistentes. A digitalização acelerada, impulsionada por tecnologias emergentes como a inteligência artificial e a Internet das Coisas (IoT), ampliou a superfície de ataque, expondo vulnerabilidades em sistemas que antes eram considerados seguros. As organizações precisam adotar uma abordagem proativa, integrando práticas de segurança avançadas como autenticação multifator em todos os níveis de suas operações.
1.2. Importância da conscientização das organizações
Em 2024, o cenário das ameaças cibernéticas e da cibersegurança no setor privado continuou a evoluir rapidamente, refletindo os desafios intrínsecos do ciberespaço.
Ao longo do ano, o setor privado enfrentou ameaças cibernéticas significativas que exigiram respostas imediatas e inovadoras. Essas respostas foram frequentemente baseadas em ferramentas existentes ou em novas inovações tecnológicas, que proporcionaram apenas soluções de curto prazo e parciais. As abordagens convencionais mostraram-se insuficientes, destacando a necessidade de um novo ethos e cultura de pensamento em cibersegurança.
As ameaças assimétricas, que são não convencionais e desproporcionais, representam riscos significativos para a infraestrutura do setor privado no cenário de cibersegurança. Proteger-se contra essas interrupções e ataques cibernéticos tornou-se ainda mais essencial à medida que governos em todo o mundo reconheciam a importância estratégica de redes confiáveis e seguras. O ano enfatizou que, embora mercados mais livres pudessem ser promovidos através do ciberespaço, era necessário ter maior cuidado na proliferação de certos tipos de conhecimento.
Em resumo, 2024 destacou a importância de uma mudança radical no ethos entre os especialistas e organizações de cibersegurança. A capacidade do setor privado de se adaptar aos desafios em evolução do ciberespaço foi crucial para manter um ecossistema cibernético seguro e confiável.
1.3. Objetivos da retrospectiva
Este documento tem como objetivo oferecer uma análise abrangente das ameaças cibernéticas em 2024, destacando as tendências emergentes, os impactos econômicos e sociais dos ataques e as soluções recomendadas com base em relatórios especializados. A intenção é equipar organizações e indivíduos com o conhecimento necessário para se protegerem eficazmente no ambiente digital atual, especialmente contra ameaças emergentes.
2. Medidas de Prevenção
2.1. Prevenção e melhores práticas de cibersegurança
Higiene Cibernética: A pandemia de COVID-19 levou a um aumento no trabalho remoto e nas atividades online, aumentando o risco de ciberataques e a exposição de dados sensíveis. A higiene cibernética emergiu como uma prática crucial para prevenir crimes cibernéticos em níveis individuais e organizacionais. Ela envolve práticas, conhecimentos, comportamentos e atitudes incorporadas para promover práticas robustas de higiene cibernética na proteção de informações pessoais, prevenção de ciberataques, proteção de ativos digitais e promoção de uma reputação online positiva. A integração da higiene cibernética nas rotinas diárias é defendida como uma medida imperativa para fortalecer a segurança digital (Fikry et al., 2024).
2.2 Framework NIST de Cibersegurança
O Framework NIST de Cibersegurança é uma ferramenta essencial para executivos e organizações que buscam melhorar sua postura de segurança cibernética. Desenvolvido pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos Estados Unidos, o framework oferece diretrizes abrangentes para gerenciar e reduzir riscos cibernéticos. Seus principais componentes incluem:
· Identificar: Compreender os ativos, sistemas e dados críticos da organização.
· Proteger: Implementar salvaguardas para garantir a segurança dos sistemas e informações.
· Detectar: Desenvolver e implementar atividades para identificar incidentes de segurança, especialmente em um ano de 2024 repleto de ciberameaças.
· Responder: Planejar e executar ações em resposta a incidentes detectados é crucial para a segurança da informação.
· Recuperar: Restaurar capacidades ou serviços afetados por um incidente cibernético.
A adoção do Framework NIST permite às organizações estabelecer uma abordagem sistemática para a cibersegurança, facilitando a avaliação contínua de riscos e a melhoria das práticas de segurança.
2.3 Ameaças Cibernéticas (Cyberthreats) em 2024
Em 2024, as ameaças cibernéticas evoluíram significativamente, apresentando desafios complexos para organizações e indivíduos. Algumas das principais ameaças incluem:
· Ataques de ransomware avançados: Utilizam técnicas de criptografia mais sofisticadas e táticas de extorsão dupla, refletindo a evolução das ameaças em 2025.
· Ameaças persistentes avançadas (APTs): Grupos de ameaças patrocinados por estados continuam a visar infraestruturas críticas e propriedade intelectual.
· Ataques à cadeia de suprimentos: Comprometimento de fornecedores de software e hardware para infiltrar organizações-alvo.
· Exploração de vulnerabilidades em IoT: Aumento de ataques direcionados a dispositivos conectados em ambientes domésticos e industriais, com foco em dados sensíveis.
· Deepfakes e desinformação: Uso de inteligência artificial para criar conteúdo falso convincente, afetando a confiança pública e corporativa.
Para combater essas ameaças, as organizações precisam adotar uma abordagem proativa, investindo em tecnologias de detecção avançada, treinamento contínuo de funcionários e colaboração com parceiros do setor para compartilhar informações sobre ameaças.
3. Panorama Geral das Ameaças Cibernéticas em 2024
3.1. Evolução das ameaças em relação aos anos anteriores
As ameaças cibernéticas têm evoluído rapidamente ao longo dos anos, com um aumento significativo na complexidade e sofisticação dos ataques. Em 2024, os cibercriminosos estão utilizando técnicas cada vez mais avançadas, incluindo ataques automatizados que exploram vulnerabilidades conhecidas antes que as organizações possam reagir. Além disso, o crescimento do crime cibernético como serviço (CaaS) tornou mais fácil para criminosos com menos habilidades técnicas executarem ataques poderosos.
3.2. Tendências emergentes
Uma das principais tendências emergentes em 2024 é o aumento dos ataques direcionados, onde grupos de ameaça persistente avançada (APTs) visam organizações específicas para roubo de dados ou sabotagem. Outra tendência é o uso crescente de inteligência artificial, como o uso de IAs Generativas similares ao ChatGPT, por atacantes para automatizar e personalizar ataques, tornando-os mais difíceis de detectar e mitigar.
3.3. Impacto econômico e social dos ataques cibernéticos
Os ataques cibernéticos têm um impacto devastador tanto economicamente quanto socialmente. Estima-se que os custos associados a violações de dados e interrupções operacionais atinjam bilhões de dólares globalmente, afetando não apenas as finanças das empresas, mas também a confiança do consumidor e a reputação das marcas. Socialmente, os ataques a infraestruturas críticas podem ter consequências graves, como interrupções em serviços essenciais que afetam comunidades inteiras.
4. Ataques à Cadeia de Suprimentos (Supply Chain)
4.1. Definição e características
Os ataques à cadeia de suprimentos envolvem a exploração de vulnerabilidades em fornecedores ou parceiros para ganhar acesso aos sistemas de uma empresa-alvo. Esses ataques são particularmente perigosos porque podem passar despercebidos por longos períodos, permitindo que os atacantes comprometam várias camadas da cadeia sem serem detectados.
4.2. Casos notáveis em 2024
Em 2024, vários incidentes notáveis expuseram a fragilidade das cadeias de suprimentos globais, incluindo grandes empresas e governos ao redor do mundo.
1. Incidente CrowdStrike (19 de julho de 2024): Falha de segurança da CrowdStrike causado por uma atualização defeituosa do software de segurança Falcon Sensor causou uma interrupção global, afetando milhões de computadores Windows e resultando em paralisações em setores críticos como aviação, saúde e finanças. O prejuízo estimado ultrapassou US$ 10 bilhões.
2. Ataque à Ticketmaster (Maio de 2024): Hackers roubaram dados de mais de 500 milhões de clientes da Ticketmaster, exigindo um resgate de US$ 500.000 sob ameaça de vender as informações na dark web.
3. Aumento de incidentes cibernéticos no governo brasileiro: No primeiro semestre de 2024, o governo federal brasileiro registrou 4,7 mil incidentes cibernéticos, mais do que o dobro do ano anterior, incluindo invasões, páginas falsas e vazamentos de dados.
Estes incidentes destacam a crescente sofisticação e impacto dos ataques cibernéticos em 2024, afetando desde infraestruturas críticas até grandes corporações e governos.
4.3. Estratégias de mitigação recomendadas
Para mitigar riscos na cadeia de suprimentos, as organizações devem implementar práticas rigorosas de due diligence e monitoramento contínuo de seus fornecedores. Isso inclui realizar auditorias regulares, exigir certificações de segurança e estabelecer protocolos claros para lidar com incidentes de segurança.
5. Ameaças Internas (Insider Threats)
5.1. Perfil das ameaças internas em 2024
As ameaças internas continuam sendo uma preocupação significativa em 2024, com funcionários insatisfeitos ou descuidados representando um risco potencial para a segurança organizacional. Além disso, o aumento do trabalho remoto complicou ainda mais a capacidade das empresas de monitorar atividades suspeitas.
5.2. Fatores contribuintes
Fatores como acesso insuficientemente controlado a informações sensíveis, falta de treinamento adequado em segurança e ambientes de trabalho tóxicos contribuem para o aumento das ameaças internas. As organizações devem estar atentas a sinais de alerta que possam indicar problemas internos antes que ocorram violações graves.
5.3. Melhores práticas de prevenção e detecção
Implementar programas de conscientização em segurança cibernética é crucial para educar os funcionários sobre práticas seguras no ambiente digital, especialmente considerando o aumento das ciberameaças em 2024. Além disso, soluções tecnológicas como monitoramento contínuo de atividades e sistemas de detecção de anomalias podem ajudar a identificar comportamentos suspeitos precocemente.
6. Vulnerabilidades de Terceiros (3rd Party Vulnerabilities)
6.1. Análise do cenário de riscos relacionados a terceiros
A dependência crescente de fornecedores externos aumentou significativamente o risco associado às vulnerabilidades de terceiros. As organizações frequentemente subestimam os riscos apresentados por parceiros comerciais, resultando em brechas significativas quando esses terceiros são comprometidos.
6.2. Impacto nas organizações
Vulnerabilidades exploradas através de terceiros podem levar ao comprometimento direto dos sistemas internos das empresas, resultando em vazamentos massivos de dados ou interrupções operacionais críticas que afetam diretamente a continuidade dos negócios.
6.3. Estratégias de gestão de riscos de terceiros
Para gerenciar riscos associados a terceiros efetivamente, as empresas devem adotar uma abordagem holística que inclua avaliações regulares dos controles segurança dos fornecedores; contratos claros estabelecendo responsabilidades; além da implementação rigorosa destes controles dentro das operações comerciais diárias através da colaboração estreita entre todas partes envolvidas no processo negocial.
7. Outras Ameaças Significativas
7.1. Ransomware e suas variações
O ransomware continua a ser uma das ameaças mais persistentes e destrutivas em 2024. Novas variações estão surgindo, como o “ransomware como serviço” (RaaS), que permite que mesmo atacantes menos experientes conduzam ataques sofisticados. Esses programas maliciosos não apenas criptografam dados, mas também ameaçam expor informações sensíveis caso o resgate não seja pago. Empresas de todos os tamanhos são alvos, e a infraestrutura crítica não está imune, com ataques visando sistemas de saúde e serviços públicos, resultando em interrupções significativas e riscos à segurança pública.
7.2. Ataques de phishing avançados
Os ataques de phishing evoluíram para se tornarem altamente sofisticados, com campanhas direcionadas que utilizam engenharia social para enganar os usuários. Em 2024, os cibercriminosos estão empregando técnicas como spear phishing e whaling para personalizar suas abordagens, tornando-as mais convincentes e difíceis de detectar em um cenário de cibersegurança em constante evolução. Além disso, o uso de deepfakes para criar mensagens de áudio ou vídeo falsas está emergindo como uma nova fronteira no phishing, complicando ainda mais os esforços de defesa contra algum ataque.
7.3. Ameaças à infraestrutura crítica
A infraestrutura crítica permanece em risco elevado devido à crescente interconexão e dependência tecnológica. Setores como energia, transporte e saúde enfrentam ameaças persistentes de atores estatais e grupos terroristas que buscam causar interrupções massivas ou obter vantagem geopolítica. Em 2024, os ataques a sistemas de controle industrial (ICS) e redes de operação (OT) aumentaram em frequência e sofisticação, destacando a necessidade urgente de reforçar as defesas e implementar medidas de resiliência, destacando a vulnerabilidade em relação a ataques de desastres naturais e atores maliciosos, como hackers ou terroristas. (Tkachov et al., 2024)
8. Tendências Tecnológicas e seu Impacto na Cibersegurança
8.1. Inteligência Artificial e Machine Learning
A inteligência artificial (IA) e o machine learning estão transformando a cibersegurança, tanto para defensores quanto para atacantes. Esses avanços permitem que as organizações detectem anomalias mais rapidamente e respondam a incidentes com maior precisão, essencial para enfrentar as ameaças emergentes do presente e do futuro previsível. No entanto, os cibercriminosos também estão utilizando IA para automatizar ataques e descobrir vulnerabilidades em tempo real, criando um cenário de ameaça dinâmico e desafiador.
8.2. Computação quântica
A computação quântica promete revolucionar a cibersegurança, oferecendo potencial para quebrar sistemas criptográficos tradicionais. Embora essa tecnologia ainda esteja em seus estágios iniciais, as organizações precisam começar a considerar estratégias para mitigar os riscos associados à computação quântica, como a implementação de criptografia pós-quântica para proteger informações sensíveis no futuro.
8.3. Internet das Coisas (IoT) e 5G
A proliferação de dispositivos IoT, combinada com a implementação de redes 5G, ampliou significativamente a superfície de ataque. Esses dispositivos frequentemente carecem de segurança robusta, tornando-os alvos fáceis para invasores que procuram explorar falhas para acessar redes maiores ou lançar ataques distribuídos de negação de serviço (DDoS). As organizações devem implementar medidas rigorosas de gerenciamento de dispositivos e segurança de rede para mitigar esses riscos.
9. Regulamentações e Conformidade
9.1. Novas leis e regulamentos de cibersegurança
Diante do crescente aumento das ameaças cibernéticas, regulamentações inovadoras estão sendo implementadas globalmente para reforçar a segurança digital. Legislações como o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (GDPR) na Europa e a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) no Brasil continuam a moldar práticas em todo o mundo. Além disso, novas diretrizes específicas para setores críticos estão sendo elaboradas, visando assegurar uma resiliência e proteção adequadas.
9.2. Desafios de conformidade para as organizações
As organizações enfrentam desafios significativos ao tentar se manter em conformidade com um conjunto cada vez mais complexo de regulamentações. A conformidade requer investimentos substanciais em tecnologia, processos e pessoal qualificado, como um CISO e profissionais habilitados para responder aos desafios de legislações como a GDPR na Europa e a LGPD no Brasil, para evitar penalidades severas associadas a violações da privacidade e perdas de dados.
9.3. Impacto global das regulamentações
As regulamentações têm um impacto profundo ao moldar as práticas de cibersegurança globalmente. Elas promovem uma abordagem padronizada para proteção de dados e segurança das informações, mas também podem criar barreiras comerciais se não forem harmonizadas internacionalmente, destacando a necessidade de cooperação global.
10. Estratégias de Defesa e Melhores Práticas
10.1. Abordagens de segurança recomendadas pelo NIST
As diretrizes do NIST (Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia) continuam a ser uma referência essencial para práticas eficazes de segurança cibernética. Em 2024, o foco está em promover uma abordagem holística que inclui identificação, proteção, detecção, resposta e recuperação para lidar com ameaças complexas. O Cybersecurity Framework (CSF) do NIST é uma ferramenta fundamental que ajuda as organizações a entender e melhorar sua gestão de riscos cibernéticos.
Componentes do Cybersecurity Framework
1. Identificar: Desenvolver uma compreensão organizacional para gerenciar riscos de cibersegurança em sistemas, pessoas, ativos, dados e capacidades.
2. Proteger: Desenvolver e implementar salvaguardas apropriadas para garantir a entrega de serviços críticos.
3. Detectar: Desenvolver e implementar atividades apropriadas para identificar a ocorrência de um evento de cibersegurança.
4. Responder: Desenvolver e implementar atividades apropriadas para agir em relação a um incidente de cibersegurança detectado.
5. Recuperar: Desenvolver e implementar atividades apropriadas para manter planos de resiliência e restaurar quaisquer capacidades ou serviços que foram prejudicados devido a um incidente de cibersegurança.
Esses componentes são interdependentes e devem ser aplicados de forma contínua para garantir uma postura de segurança robusta.
10.2. Soluções tecnológicas emergentes
Novas soluções tecnológicas estão sendo desenvolvidas para enfrentar ameaças cada vez mais complexas, com foco na proteção de credenciais sensíveis. Entre as inovações mais relevantes estão:
· Inteligência Artificial e Machine Learning: Essas ferramentas estão sendo empregadas para aprimorar a identificação de anomalias e a reação a incidentes. Sistemas de inteligência artificial têm a capacidade de examinar vastas quantidades de dados em tempo real, reconhecendo padrões que podem sinalizar um ataque cibernético.
· Zero Trust Architecture: O conceito de segurança “Zero Trust” parte do princípio de que nenhuma entidade, seja interna ou externa, deve ser considerada confiável automaticamente. Isso significa que é necessária uma autenticação estrita e autorização para todos os acessos, independentemente de onde o usuário esteja localizado.
· Soluções de Segurança em Nuvem: Com o aumento da utilização de serviços em nuvem, as empresas estão direcionando recursos para soluções de segurança especializadas que visam proteger informações e aplicativos na nuvem, incluindo firewalls de última geração e sistemas de monitoramento de intrusões baseados na nuvem.
10.3. Treinamento e conscientização em cibersegurança
Programas regulares de capacitação são essenciais para assegurar que os colaboradores estejam informados sobre as práticas mais eficazes em cibersegurança. As empresas precisam alocar recursos em iniciativas de formação que incentivem uma cultura de segurança entre seus funcionários. A sensibilização em relação às ameaças cibernéticas, como phishing e engenharia social, é vital para minimizar o risco de incidentes provocados por falhas humanas.
Melhores Práticas de Treinamento
1. Treinamento Regular: Realizar sessões de treinamento regulares para todos os funcionários, abordando as últimas ameaças e técnicas de defesa.
2. Simulações de Ataques: Implementar simulações de ataques cibernéticos para treinar os funcionários em como responder a incidentes em tempo real.
3. Feedback e Melhoria Contínua: Coletar feedback dos participantes para melhorar continuamente os programas de treinamento e adaptá-los às novas ameaças.
10.4. Relatórios Recentes de Ameaças
Relatórios do NIST e Outras Instituições
Recentemente, o NIST e outras organizações de segurança cibernética publicaram relatórios que destacam as tendências emergentes em ameaças cibernéticas:
· Lançamento do NIST Cybersecurity Framework (CSF) 2.0 e Ameaças Cibernéticas: Em fevereiro de 2024, o NIST lançou a versão 2.0 do Cybersecurity Framework (CSF), que introduz novos recursos focados em governança e gestão de riscos na cadeia de suprimentos cibernéticos. Este framework ajuda organizações a gerenciar melhor os riscos cibernéticos, com ênfase na integração do gerenciamento de riscos da cadeia de suprimentos e na resposta a incidentes, especialmente em relação ao ransomware. O CSF 2.0 destaca a importância de ter planos de resposta e recuperação a incidentes bem estabelecidos, a fim de mitigar os impactos de ataques cibernéticos. Assim, o lançamento do CSF 2.0 veio em um momento crucial, oferecendo uma estrutura atualizada e abrangente para enfrentar as ameaças cibernéticas complexas e interconectadas que as organizações enfrentam atualmente.
Cybersecurity and Infrastructure Security Agency (CISA): A CISA lançou avisos sobre potenciais riscos de falhas significativas em sistemas de controle industrial (ICS) e sugestões para sua mitigação, ressaltando a necessidade de uma estratégia proativa na proteção de infraestruturas essenciais.
· Fortinet: O relatório de previsões de ameaças de 2024 da Fortinet, por meio do FortiGuard Labs, foi examinado de que maneira a Inteligência Artificial está transformando o panorama do crime digital. O estudo ressaltou que os criminosos virtuais estão empregando recursos de Crime como Serviço (CaaS) e IA generativa para efetuar ataques mais elaborados e específicos.
Tendências Identificadas
1. Aumento de Ataques de Ransomware: Os ataques de ransomware permanecem como uma das principais inquietações, com os criminosos se tornando cada vez mais habilidosos em suas táticas. O estudo da Fortinet antecipa que os atacantes optarão por uma estratégia de “go big or go home”, concentrando-se em setores essenciais como saúde, finanças e serviços públicos. Relatório da Veeam aponta a perca de quase metade dos dados nesses ataques.
2. Exploits de Vulnerabilidades em Software: A exploração de vulnerabilidades em software, especialmente em sistemas de terceiros, continua a ser uma via comum para ataques cibernéticos.
3. Ameaças à Cadeia de Suprimentos: Em 2024, as tendências em segurança cibernética, especialmente no que diz respeito a ataques à cadeia de suprimentos, estão se tornando cada vez mais preocupantes e complexas. O relatório “The Weak Link: Recent Supply Chain Attacks Examined” destaca que esses ataques estão se diversificando, com agentes maliciosos adotando técnicas cada vez mais elaboradas para explorar as interconexões entre empresas e seus fornecedores. A crescente dependência de tecnologias digitais e a interligação de sistemas aumentam significativamente a superfície de ataque, tornando as organizações mais vulneráveis.
4. Ameaças Movidas por IA: Um artigo que cita o relatório da Deep Instinct revela que 85% dos ataques cibernéticos em 2024 utilizaram IA. Os cibercriminosos estão aprimorando suas táticas, como o vishing, e utilizando ferramentas de IA, como o PassGAN, para quebrar senhas comuns em menos de um minuto. Além disso, a IA é usada para criar e-mails de phishing mais convincentes, eliminando erros ortográficos e gramaticais, tornando esses golpes mais verossímeis e aumentando a chance de sucesso.
5. Ataques de Engenharia Social: Os ataques de engenharia social, como o phishing e o vishing, continuam sendo uma tática comum, com hackers utilizando inteligência artificial para criar mensagens mais convincentes e difíceis de detectar. A principal diferença é que o vishing faz uso de canais como o telefone para realizar suas ações.
A cibersegurança é um campo em constante evolução, e as organizações devem estar preparadas para se adaptar às novas ameaças e desafios. A implementação de práticas recomendadas, a adoção de tecnologias emergentes e o investimento em treinamento contínuo são essenciais para proteger dados e sistemas críticos. Com a crescente complexidade do cenário cibernético, a colaboração entre setores e a troca de informações sobre ameaças também se tornam fundamentais para fortalecer a resiliência cibernética em todo o ecossistema digital.
11. Previsões e Tendências Futuras
11.1. Projeções para os próximos anos
Espera-se que as ameaças cibernéticas continuem a evoluir, exigindo estratégias adaptativas por parte das organizações. A integração da segurança desde o início no ciclo de vida do desenvolvimento tecnológico será crucial para mitigar riscos futuros.
11.2. Áreas de pesquisa e desenvolvimento promissoras
Novas áreas de pesquisa estão emergindo, prometendo avanços significativos na defesa cibernética, como o desenvolvimento de técnicas avançadas de criptografia pós-quântica e soluções baseadas em IA para automação avançada da segurança.
12. Conclusão
Com a chegada de 2025, a análise das ameaças cibernéticas ocorridas em 2024 e os ensinamentos que delas surgiram se tornam uma prioridade, não apenas para a manutenção das atividades empresariais, mas também para a salvaguarda das infraestruturas fundamentais que sustentam a sociedade contemporânea. Este relatório analisou de forma abrangente as ameaças atuais e emergentes, ressaltando a necessidade urgente de inovação e adaptação contínuas por parte das empresas do setor.
Os desafios que enfrentamos requerem uma abordagem colaborativa. A troca de informações entre organizações, setores e regiões deve ser incentivada, permitindo respostas mais rápidas e eficazes às ameaças em constante evolução. A colaboração global não apenas reforça as defesas individuais, mas também contribui para um ecossistema mais resiliente, capaz de resistir a ataques sofisticados.
Por fim, fazemos um apelo à ação a todos os stakeholders. Empresas de todos os tamanhos e setores devem priorizar investimentos em tecnologias emergentes e na capacitação de suas equipes. Cultivar uma cultura de segurança cibernética, onde todos os colaboradores se sintam responsáveis pela proteção dos dados e sistemas, é essencial para enfrentar os desafios futuros. Somente por meio de um comprometimento conjunto será possível garantir um ambiente digital mais seguro, protegendo não apenas nossos ativos, mas também a confiança dos clientes e a integridade das operações em um mundo cada vez mais digitalizado.
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Referências
Tkachov, A., Korolov, R., Rahimova, I., Aksonova, I., & Sevriukova, Y. (2024). CYBERSECURITY CHALLENGES AND SOLUTIONS FOR CRITICAL INFRASTRUCTURE PROTECTION. In Ukrainian Scientific Journal of Information Security (Vol. 30, Issue 1, pp. 58–66). National Aviation University. https://doi.org/10.18372/2225-5036.30.18604
Fikry, A., Hamzah, M. I., Hussein, Z., Abdul, A. J., & Abu Bakar, K. A. (2024). Defining the Beauty of Cyber Hygiene: A Retrospective Look. In IEEE Engineering
Management Review (Vol. 52, Issue 2, pp. 174–180). Institute of Electrical and Electronics Engineers (IEEE). https://doi.org/10.1109/emr.2024.3361023